quarta-feira, 11 de abril de 2007

Angular janela óculos

No xadrez.
Convulsiva busca nas grades.
Tinha compromisso mas varreu
brechós em busca das alegorias
cheias de janelas.
Os cabelos na nuca um pouco
grudados e um pouco voando, roça
uma cócega no meio do corredor
do ônibus que arrepiava ombros
pescoço e bochechas, então pensou
que já tinha saias e calças e blusas
e bolsas e que estava bem protegida
de lhe adivinharem a fragilidade da
nuca, no verso.
Desconversada entre focos côncavos
da tarde ofuscante, mistura dela
que brota, já, agora. O vento seca-
lhe a nuca até cabelos e outros,
pelos cantos, como nunca dantes done.
- interrupção -
Desfalece facilmente e nem sente
os ombros, nem a nuca, nem nada mais,
cada vez mais sonho.
Grama nuca, a mão (segura) na mão
nuvem da semi-queda...
Puxa... lhe afaga o rosto, sorri com
a calma dos olhos reabertos... que
reconhecem os dentes... alheios.
Os dentes de não importantes que
transeuntes apagam no interior do
verde claro - verde escuro.
Desaparecem vagamente no interior
do verde duro escuro.
Uníssona acorda deste quase sono
e apronta sua descida - ela já
está em casa.

Pastoriz / Schneider / Cefis

2 comentários:

Samantha Pinotti disse...

Trio da boa janta e do belo conto...

Nunca mais pegarei onibus com o mesmo sentimento :)
heheh
bjos

Unknown disse...

PICNICKS!
Entra janta, e sai mais uma obra.
Não pode demorar!

rss
abrasss.