quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"o poeta" Odilon Machado de Lourenço

Quando o poeta morrer

ao caro J. J. Gonçalves

Passarei a eternidade psicografando línguas mortas

Escrevendo linhas mortas

Amando...

Buscando o puro amor da palavra

E depois de tudo ao chegar minha morte

Não querer ser perdoado de nada.

.o0o. .o0o. .o0o.

Estilista

Fala tua rouca voz no meu delírio
Modela tua luta em minhas mãos
Risca tua língua o crocki do meu corpo
Corta o papel das minhas forças em teu hálito
Costura a medida deste sonho em minha vida
Aproxima o indefinido desejo dos teus olhos
Apaga do meu verso amargo a solidão
Rasga o erro dos desenhos impensados
Dobra o tecido da minha sombra ao pôr-do-sol.

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